O Leo, apareceu-me aqui algures quando eu estava quase a entrar na zona do sono. Queria um Táxi, para o aeroporto, porque precisava de apanhar o avião ás 4h para o Peru, mais propriamente Lima, a capital. Parecia-me desorientado, como quem têm que virar costas a algo que se amou desde o primeiro instante, no coração de Leo eu sei que viajava Lisboa por entre memórias felizes.
Tratei de o compreender, pois Leo um rapaz muito bem-parecido da minha idade, com uma bela camisa da armani e uns óculos da ray-ban que lhe faziam parecer os olhos ainda maiores e que ampliavam a doçura dos mesmos, vivia em França era natural do Peru e falava um inglês muito engraçado devido á mistura que as viagens pelo Mundo lhe teriam oferecido á língua para trabalhar.
Leo, tentou convencer-me que eu deveria juntar-me a ele e ir até França terminar a minha licenciatura em Psicologia e trocou comigo o email para puder enviar-me infos, confessou-me que adorava Lisboa, que era das cidades mais bonitas que tinha visto, e eu disse-lhe que não iria desta dimensão sem sentir com todos os sentidos as vibrações da Velha Montanha o Machu Pikchu, e em jeito de agradecimento por eu conhecer uma das 7 maravilhas do Mundo que ficava exactamente nos seu país decidiu supreender-me quando fácilmente soltou frases acopoladas umas ás outras com uma acentuação quase perfeita, pediu-me para que nos emails que viesssemos a trocar eu apenas escrevesse em português para ele aprender também a escrever na minha língua.
Foi um final de noite muito interessante, para mais porque Shan, o meu amigo de Goa na India, apareceu meio despenteado na sala e fitou-me com aquele jeito de quem queria partilhar comigo as experiências que havia tido durante o passeio a Alfama, convidei-o a juntar-se a nós, feitas as apresentações e após Leo elogiar Shan pelo seu fantástico domínio do Inglês, facilidade garantida a Shan pois vivera muitos anos em NY nos E.U.A e terá sido como um curso intensivo na língua que é quase Universal, o inglês.
Novamente, Shan, teletransportou-nos com ele até a um lugar mágico que tanto eu como Leo adoramos, falamos imensos minutos, acerca de portais energéticos e de mensagens subliminares do Universo, das concentrações de seres de Luz em locais sagrados na Ásia e América do Sul, e eu partilhei com eles histórias acerca dos portais energéticos de Sintra e dos locais onde eu mais gosto de praticar meditação e como chego até ao meu Eu Superior e consigo através do Reiki e algumas vezes da Hipnoterapia alcançar bloqueios energéticos nos corpos físicos e aureos. Momentos em que sem me levantar da cadeira e com meia-luz a iluminar-nos a conversa, sabemos que falamos todos a mesma Língua e que independentemente do facto de seremos de três pontos tão distantes do Mundo as nossas existências teriam de se cruzar. É um privilégio viajar mentalemente mesmo quando vivemos em crise económica e social em Portugal e eu não poderia viajar se não desta forma até a partilha de experiência e cresciemento energético/espiritual.
Que a Velha Montanha continue exactamente onde sempre esteve, e que brevemente possa deliciar-me com as suas estórias e povo.
Até breve amigo Leo.
Portugal-Goa-Machu Pikchu (I hope the Universe joined us again)
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